data Categoria: Notícias |  data Postado por redacao há 3 anos | Imprimir Imprimir
Governador nega que vai fechar cervejarias na Bahia por causa do combate ao COVID-19.

O governador Rui Costa voltou a falar que não cogitou a hipótese de fechar cervejarias na Bahia. A hipótese foi aventada pelo secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas, que tratou a fala como “mero exercício retórico”, e acabou movimentando a manhã desta segunda-feira (24/05). Ao retomar o tema, Rui brincou: “O Campeonato Brasileiro vai começar, o Bahia vai jogar – já não está jogando tão bem. O cara toma uma cervejinha para relaxar e passar a raiva dele com o jogo do Bahia. Eu vou dizer para ele não tomar? Do Vitória nem se fala”. – Comentou o mandatário baiano.

Afeito a analogias futebolísticas, Rui completou: “O Estado não quer proibir que as pessoas em casa relaxem, tomem seu uísque, sua cerveja. Ou sua pingazinha. O que estamos pedindo é que as pessoas não aglomerem, não lotem bares, postos de gasolina. Isso não tem nada a ver com a pessoa estar em casa, assistindo ao jogo do Bahia, abrir uma geladinha para tomar. Não vejo problema nenhum. O cara está há um ano sem poder conviver socialmente, se ele não puder tomar uma geladinha em casa, pelo amor de Deus..”. – Reforçou o Governador.

Para garantir que também tem passado por restrições, Rui citou como exemplo um amigo que está “devendo um jantar” a ele. “Nem na casa de amigos estou aceitando convite para jantar. Não quero circular, não quero andar em prédio, entrar em casa e estar estimulando esse tipo de atividade”, disse.

O governador foi ainda mais longe na brincadeira com a liberação de bebidas alcoólicas. Segundo Rui, não cabe ao estado delimitar o que as pessoas fazem no privado – ainda mais se for para apimentar a relação. “Vai sentar com a esposa para jantar, vai tomar um vinhozinho para alegrar a noite e vai dizer: ‘O governador não quer deixar eu tomar um vinho e uma cerveja para alegrar o namoro da gente?’. Que é isso? Deixa o povo viver”, indicou.

Para Rui Costa, o álcool não necessariamente é um vilão único. “O que eu quero é não fechar nada, mas para isso eu preciso da ajuda de todo mundo. Eu preciso, inclusive, da ajuda de donos de bares e restaurantes. Eu tenho recebido dezenas de imagens e, aqui para nós, o segmento não está ajudando, porque, infelizmente, não está respeitando os decretos municipais que definem limites de ocupação e o padrão de distanciamento social”, sugeriu.