data Categoria: Notícias |  data Postado por redacao há 3 anos | Imprimir Imprimir
04 pessoas morreram por COVID-19 em Belmonte nos últimos sete dias por falta de leitos de UTI.

O quadro de infecções pelo COVID-19 em Belmonte acendeu uma luz de alerta nas equipes de saúde do município após 04 pessoas morrerem pela doença nos últimos 07 dias. Duas das vítimas vieram do povoado do Ubu, com idades de 63 e 76 anos. Na sede, mais duas pessoas morreram por complicações causados pelo COVID-19, com idades de 55 e 79 anos.

No Centro de Tratamento de COVID-19 existem, até o fechamento dessa reportagem, 04 pessoas internadas, sendo que, um paciente em estado grave. Todos os pacientes que faleceram chegaram ao atendimento de saúde no estado avançado da doença e precisando urgentemente de uma Unidade de Terapia Intensiva. “As pessoas em Belmonte estão ficando doentes em casa e esperam a doença se agravar para procurarem ajuda. Isso dificulta o tratamento.” – Informou uma profissional que trabalha na linha de frente do COVID-19.

A Secretaria Municipal de Saúde de Belmonte não está conseguindo vagas de UTI em outras cidades. Nossa equipe apurou que todos os pacientes foram submetidos à regulação estadual, onde apenas uma vaga foi disponibilizada e a paciente veio a óbito, já que, chegou à UTI com debilitações causadas pelo tempo de espera. “A maioria dos pacientes que morreram ficaram no Centro de COVID-19 passando mal porque não tinha vaga de UTI em lugar nenhum. As pessoas não entendem que Belmonte não tem recursos para dar atendimento a pacientes em estado grave e depende do Governo Estadual para dar o suporte que não está existindo porque todas as unidades de atendimento da Bahia estão lotadas.” – Comentou outra profissional de saúde.

Segundo o último Boletim divulgado nessa quarta-feira (31/03) pela Secretaria Municipal de Saúde, Belmonte encontra-se com 17 óbitos causados pelo Novo Coronavírus, 04 pessoas internadas e 12 casos ativos em monitoramento domiciliar. Belmonte ainda está com 32 casos suspeitos que estão sendo monitorados pelas equipes de saúde em seus domicílios