data Categoria: Notícias |  data Postado por redacao há 4 anos | Imprimir Imprimir
Prefeito se reúne com servidores da educação para debater as dificuldades financeiras do setor.

O Prefeito Janival Borges se reuniu na manhã dessa quarta-feira (19/02) com funcionários da rede pública municipal de ensino para tratar das dificuldades financeiras do município e a impossibilidade de pagar o reajuste do piso salarial da categoria. Com base em planilhas expostas ao público presente, o gestor comentou que em janeiro de 2017 herdou uma folha de efetivos da educação no valor de R$ 1,3 Milhões de Reais. Uma de diferença de R$ 447 Mil Reais mensais com relação a 2016. “Esse déficit foi criado com a passagem dos efetivos de 20 horas para 40 Horas e diversas nomeações de professores feitas sem critérios pela gestão anterior.” – Comentou o gestor belmontense.

Continuando a sua explanação Janival ainda revelou que, dos 417 municípios baianos, Belmonte foi considerado o de pior situação financeira, conforme dados da Secretaria Estadual da Educação que realizou um auditoria no município no ano passado. *“Além do peso da folha de efetivos nós ainda temos 350 Km de estradas vicinais percorridas por ônibus escolares, vans e ainda temos embarcações para fazer o transporte dos alunos. Para se ter uma ideia, Um ônibus escolar que atende Santa Maria Eterna chega a percorrer 260 Km em apenas um dia e esses dados foram comprovados por uma auditoria feita por órgãos de fiscalização federal que vieram verificar denúncias de irregularidades no transporte escolar de Belmonte e não conseguiram encontrar nada.”* – Colocou o gestor.

Secretário de Educação Rogério Bahia e Secretário de Finanças Alexandre Haerter

O gestor citou ainda as distorções existentes no quadro de efetivos da educação, onde a sede do município tem 30 professores excedentes que custam R$ 2,7 Milhões de reais por ano. “São funcionários efetivos com direitos adquiridos nomeados por gestões anteriores e o município não pode remove-los para o interior. Não podemos fazer nada”. Janival ainda comentou que já passou a situação para a APLB-Sindicato e que irá procurar o Ministério Público e o Judiciário para que, juntos com a categoria, ache uma solução para a situação. “A Prefeitura deve hoje R$ 10 Milhões de Reais e não temos dinheiro para investir em outras áreas como saúde, pavimentação, entre outras áreas que o município atua. Até para fazer o carnaval não tínhamos dinheiro e os maiores custos estão sendo cobertos por verbas da BAHIATURSA conseguidas pelo Deputado Jânio Natal.” – Finalizou o gestor.

Fábio Diretor de Transportes, Luciano Alves Secretário de Infraestrutura, Fafá Borges Secretário de Esportes e Tárcio Lapa Secretário de Saúde.

O Prefeito finalizou dando espaço para os presentes questionarem os dados demonstrados e informando que espera a restituição dos custos do 2º grau municipal por parte do Estado para que consiga cumprir com o reajuste do piso salarial. “O Estado deve ao nosso município cerca de R$ 10 Milhões de Reais e estamos em negociações finais para restituição desses recursos que garantirão o pagamento do reajuste.” – Finalizou o gestor.