data Categoria: Notícias |  data Postado por redacao há 7 anos | Imprimir Imprimir
Belmontenses estão sem tirar documentos por causa de politicagem e descaso da atual gestão.

O setor de emissão de Carteiras de Trabalho e RG não está funcionando em Belmonte e isso está causando transtornos para a população carente que está tendo que pagar lotações, sair na madrugada, entrar na fila e tentar pegar uma senha para ser atendida nos Sacs de Porto Seguro ou Eunápolis. Outro problema ainda pior está sendo enfrentado pelas pessoas que tiraram a Carteira de Trabalho na gestão anterior porque os atuais servidores locados no setor responsável não são habilitados para fazer a entrega dos documentos aos seus donos e os mesmos não podem tirar a segunda via porque o sistema mostra que existe uma Carteira de Trabalho nova ainda não entregue pelo órgão. “Eu estou trabalhando em Porto Seguro e a empresa já está ameaçando me demitir porque eu não consigo de forma nenhuma pegar minha Carteira de Trabalho. Já gastei muito dinheiro de passagem pra vir aqui e estou nessa luta desde o começo do ano.” – Comentou uma belmontense revoltada que pediu para não ser identificada por medo de seu depoimento piorar ainda mais a sua situação.

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Com base nas denúncias, nossa equipe foi ao setor responsável pela emissão dos documentos nessa terça-feira (17/10) e constatamos que existem dois motivos absurdos para o não funcionamento do serviço. O primeiro é pura picuinha política, já que, o funcionário que era habilitado e emitia os documentos foi demitido porque não apoiou o grupo político do prefeito nas eleições passadas. O segundo é o completo descaso e falta de compromisso com a população, já que, o Prefeito Janival Borges se nega a pagar as diárias necessárias para que os novos servidores lotados façam o curso necessário em Salvador. “Aqui a falta de compromisso é tão grande que chegou ao ponto de o Prefeito dizer que não tinha dinheiro e propor aos funcionários para que os mesmos viajassem pra Salvador nas ambulâncias que levam os pacientes. Infelizmente estamos vivendo esse absurdo causado por um governo que prometeu que Belmonte voltaria a sorrir.” Comentou uma pessoa ligada à atual gestão que está revoltada com a situação humilhante vivida pelos funcionários do setor.

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Em conversa com os servidores lotados no local, os mesmos revelaram que o fato já foi passado para o próprio Prefeito Janival Borges desde o início do seu mandato e nada até agora foi feito. Questionada, a funcionária Carolina Damasceno informou à nossa equipe que tem todos os ofícios enviados à Prefeitura de Belmonte, a mesma nos informou também que já conversou pessoalmente com o Prefeito, tentou ver se era possível fazer o curso em alguma cidade vizinha e até o momento nada foi resolvido. “Eu queria ver se fazia o curso em Porto Seguro ou Eunápolis. Ficaria mais fácil e o custo ficaria menor, mas isso não é possível. Nós ainda marcamos várias vezes datas para fazer esse curso em Salvador, mas não comparecemos porque a Prefeitura não nos fornece as diárias para viajarmos. Agora nada se resolve e ainda temos que ouvir desaforos das pessoas que vêm buscar os seus documentos e não podemos entregar porque o setor não está funcionado.” – Comentou Carolina.

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Pelo menos as emissões de Carteiras Reservistas e a concessão de empréstimos pelo CREDBAHIA estão funcionando, mesmo com toda a precariedade, já que, o local não oferece nenhuma estrutura para os funcionários trabalharem. O ar-condicionado antigo não funciona, o banheiro está com defeito, muitas pingueiras quando chove e até o teto está querendo voar quando bate fortes ventos. “Esses dias eu tive que mijar dentro do vaso do lixo e depois jogar fora porque o banheiro disponível não tem qualquer condição de uso. Quando faz calor não tem como trabalhar aqui porque o aparelho de ar condicionado é velho e não dá conta. O ambiente ficar insuportável nos dias quentes. Tudo isso foi passado para a Prefeitura. Eles sabem de tudo o que está acontecendo aqui.” – Comentou um dos funcionários.

A nossa redação tentou contato via telefone com a Prefeitura Municipal de Belmonte para se discutir o caso, mas, até o fechamento dessa reportagem, nenhuma de nossas ligações foram retornadas.