Categoria: Notícias |   Postado por redacao há 7 anos |  Imprimir

Fotos: Jornal de Belmonte

Sem indicativo de um acordo com o Prefeito Janival Borges os professores decidiram declarar greve geral por tempo indeterminado a partir dessa terça-feira (20/06), conforme já estava previsto. A diretoria da APLB-Belmonte informou que enviou ofícios ao executivo municipal, mas que, nesse meio tempo, não houve nenhuma reunião para serem retomadas as negociações. A direção da entidade ainda se reuniu com professores, direção do Colégio ACM e pais de alunos em Barrolândia onde conversou com todos os presentes e afirmou que o Poder Executivo não apresentou nenhuma proposta. A APLB recebeu apoio de todos os presentes e os professores confirmaram o estado de greve até que seja retomado o diálogo para resolver o dilema. Em conversa com o Sr. Igor Suzart, coordenador do núcleo belmontense da entidade, o mesmo informou que há uma possibilidade de reunião prevista para a próxima quinta-feira (22/06), mas que, até lá, a categoria decidiu permanecer paralisada. “O nosso objetivo é negociar. Não queremos prejudicar os alunos e nem o calendário letivo municipal, mas temos que garantir o direito ao reajuste do Piso Nacional, conforme está previsto em lei.” – Comentou Igor.

Vereadores se manifestam em solidariedade à luta dos professores.

Vereadores se mostram solidários à luta dos professores.

Os professores nessa segunda-feira (19/06) receberam apoio da Câmara de Vereadores onde o Presidente Aelson Matos (Calango),o Vice-presidente Alfredo Aberceb e demais vereadores manifestaram solidariedade à luta da categoria. O Presidente Aelson Matos (Calango) durante a sessão comunicou que esteve pela manhã com o Prefeito Janival Borges cobrando do mesmo uma resolução para a situação dos educadores. O mesmo comentou que recebeu como resposta a promessa de que seria marcada uma reunião entre o executivo e a APLB, com a participação dos vereadores para se discutir uma solução para o impasse. “Nós estamos preocupados com a situação. Estamos cobrando do executivo a situação dos professores e dos garis. O prefeito afirmou que sentará para resolver. Tenho certeza que todos os vereadores estão solidários nessa luta e que esses profissionais podem contar com toda a ajuda possível do legislativo.” – Finalizou Calango. Quem também se manifestou na tribuna foi o Vereador e Vice Presidente Alfredo Aberceb. O mesmo também se colocou solidário à luta dos professores e que espera que o impasse seja resolvido o mais rápido possível para que os alunos são fiquem prejudicados. “Não tem conversa. Direito é direito e que o executivo cumpra a lei. Não tem o que se discutir. Eu torço para que todos os envolvidos cheguem a um acordo e que esse impasse chegue ao fim sem prejuízo para os alunos.” – Finalizou Alfredo.

Fotos da última passeata promovida pelos professores.

Entenda o caso

Os professores exigem o pagamento do piso nacional da categoria estabelecido pelo Ministério da Educação que esse ano foi reajustado em 7,64%. Também faz parte das exigências o pagamento dos retroativos relativos a janeiro, mês em que o reajuste entrou em vigor. A Prefeitura Municipal de Belmonte, por sua vez, alega que o município não tem dinheiro para bancar os custos e sugeriu um escalonamento, proposta que não foi aceita pela categoria. O diretório da APLB-Belmonte enfatizou que o reajuste e o retroativo são questões inegociáveis porque é um direito da categoria assegurado por lei. A gestão municipal, segundo a direção da APLB-Belmonte, não fez mais nenhuma contraproposta e também não manifestou vontade de voltar a negociar com a categoria.

Vários pais entrevistados por nossa reportagem reconhecem que a luta dos professores é legítima e torcem que as partes cheguem a um consenso e que o conflito não prejudique o ano letivo dos alunos.